segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Amamentação

Imagem: internet
Na gravidez, maior que o medo que tinha do parto, da cirurgia, era o medo da amamentação. Medo do novo, do diferente; de não suportar a dor relatada por tantas mulheres; de não ter leite, ou ter leite demais e por isso ter mastites; de não saber a pega correta; etc.

Por causa desse medo, li um pouco sobre amamentação em revistas, livros e blogs; me informei sobre como fazer o bebê pegar o seio da forma correta, quais cuidados ter com o seio antes e depois do parto, entre algumas outras coisas. Mas antes do parto, só passei pomada de lanolina no final da gravidez.

A Ana Elisa nasceu faminta, lambendo a mãozinha e berrando demais, só parou quando a enfermeira a trouxe para mamar. A primeira mamada foi na sala de cirurgia ainda, enquanto aguardava para ir ao quarto. Ela pegou direitinho, na primeira mamada: não apenas o mamilo, mas grande parte da auréola também.
Eu achei o máximo aquele momento, fiquei super feliz, e nem dor eu senti.

Mas no segundo dia amamentando, a dor chegou, mesmo eu passando a pomada de lanolina que o hospital forneceu após todas as mamadas. E essa dor só foi aumentando. O início da mamada era torturante: a dor que sentia fazia sair lágrimas dos olhos.

Mas uma coisa foi boa: essa dor só durou 15 dias, depois disso ela foi diminuindo e se transformou em um incomodo esporádico, tornando o momento da mamada encantador e único. Passando pomada e usando as conchas para os seios, nem rachadura eu tive.

MAS, eu pensei em desistir: meu leite nunca foi suficiente para a fome da minha filha, e desde a maternidade ela teve que tomar complemento. Processar essa questão em minha mente foi demorado: era difícil aceitar que eu não era o suficiente para a minha filha, mas vê-la chorar de fome era muito pior.

Hoje, nossa rotina é assim: mamada no peito e, em seguida, mamadeira. A Ana Elisa só chora quando está com fome, é uma santa! Continuo com pouco leite (talvez cada vez menos), mas não desisti, vou insistir na amamentação enquanto tiver um golinho de leite. Nada paga nem substitui esse momento, que apenas eu posso proporcionar a ela.

OBS: como o post ficou grande, publicarei as dicas em outro momento, tá?


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